Fonte: Sebrae/NA
Panorama da cultura no mundoA produção, a circulação e o consumo de bens e serviços culturais começaram a ser percebidos como um segmento de peso na economia das nações já no período pós-guerra. Mas foi apenas na década de 1970 que o interesse pelo setor cresceu.
Na década de 1990 a cultura ganha espaço nos órgãos internacionais de cooperação, como BID, Pnud, OEA, Ompi, e Mercosul, que passam a incluir questões relacionadas à Economia da Cultura em seus escopos de ação.
A Economia da Cultura responde por 6% do PIB dos EUA (números de 2002), por 4% da força de trabalho e pelo principal produto de exportação do país. Na Inglaterra corresponde a 8,2% do PIB (2001), cresce 8% ao ano desde 1997 e emprega 6,4% da força de trabalho. Na África do Sul emprega 17% da mão-de-obra; 5% no Canadá.
Em 1998 o comércio internacional de produtos e serviços culturais movimentou US$ 388 bilhões. O Banco Mundial estima que a Economia da Cultura responda por 7% do PIB mundial (2003).
A Economia da Cultura, ao lado da Economia do Conhecimento (ou da Informação), integra o que já se convencionou chamar de Economia Nova, dado que seu modo de produção e de circulação de bens e serviços, altamente impactados pelas novas tecnologias e baseado em criação e propriedade intelectual, não se compara ao modelo da economia industrial clássica.
O modelo da economia industrial tende a considerar o desenvolvimento como uma característica de setores com estrutura relativamente estável e duradoura. O modelo da Economia da Cultura tende a ter a inovação e as constantes mudanças como aspectos a considerar em primeiro plano.
As novas tecnologias (internet, celular, difusão digital – TV, cinema, fonogramas, obras literárias e acadêmicas) criaram novos produtos, novas formas de difusão, novos modelos de negócios e novas formas de competição por mercados, tornando a Economia da Cultura um setor estratégico na pauta dos programas de modernização e desenvolvimento de muitos países. Exemplo disso é a Inglaterra, que tem um Ministério das Indústrias Criativas como marco da crescente importância que o setor vem adquirindo nas economias nacionais.
Seus índices em diversos países apontam que a Economia da Cultura é um setor em forte crescimento. Criar mecanismos adequados de desenvolvimento e fomento dos setores da Economia Nova baseados em ativos intangíveis é um desafio na pauta mundial.
Algumas características e potencialidades do setor:
- Produção não poluente;
- Inovação tecnológica;
- Fortemente vinculada às características regionais e locais;
- Gera emprego e renda;
- Gera tributos – impostos, taxas e contribuições;
- Estimula novas qualificações profissionais;
- Alimenta a economia associada a outros segmentos produtivos;
- Valoriza tradições e histórias locais;
- Promove a inclusão social e o reforço da cidadania;
- Promove a diversidade e o respeito.
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